Os nababos


O lulopetista vive trancado em seu mundo de fantasias, se recusando a dialogar com seus adversários ideológicos. Se acha um eleito, portador da verdade divina. Todos os demais são a encarnação do Mal com letra grande.
O lulopetista típico é um revoltado. Não a revolta do justo, daquele que deseja conquistar oportunidades iguais. A revolta do lulopetista está em seu sangue envenenado. Assistir ao comportamentos dos lulopetistas no poder é mais que suficiente para concluir isso. Lula Mensallão, mesmo com boingão, terninhos armani, centenas de servos em seus palácios, etc., estava, e ainda está, sempre raivoso. Tem a inveja estampada na carranca endemoniada. Não tira FHC da cabeça. Lula Mensallão quer, precisa botar a culpa pelos erros do mundo em alguém. Seja na oposição ou no governo, não se cansa de buscar um bode expiatório. A megalomania com que enaltece a si mesmo e os próprios "feitos" é sintomática. O gajo tem sérios problemas para enxergar a realidade. Parece viver em estado de alucinação permanente. A arenga repetida à náusea, nunca antes de mim neste país..., é típica de quem está perturbado. O cinismo com que tão pleonasticamente chama de meras burrices os crimes que os companheiros cometeram é característico dum aloprado.
Não é só o chefão. O militante lulopetista médio, mesmo o mero simpatizante, não olha o mundo sob conceitos politizados, amadurecidos, calcados na experiência humana. Em sua preguiça macunaímica, própria de quem se acha no direito de usufruir mesmo que não arregace as mangas e sue a camisa, se limita a devotar uma adoração cega e neurótica pelo Grande Líder.
O lulopetista enxerga um semideus onde existe apenas um homem inculto hostil a qualquer coisa que se assemelhe a intelectualidade, um preguiçoso conspicuamente obcecado pelos deleites da carne que demonstrou à exaustão não ter condições de conduzir o País sob os extremos desafios do século 21.
Nos 8 anos do mandato de FHC houve uma série de pegas-pra-capá econômicos que varreram o mundo. O Brasil, como de resto todos os países emergentes, teve de se segurar nas tamancas para não mergulhar de cara no asfalto da avenida. FHC, embora metendo o pé na jaca algumas vezes, pelo menos foi capaz de engendrar o real e pôr um fim na inflação. Certo, as políticas antiinflacionárias fizeram parte dum fenômeno que ocorreu no mudo todo, principalmente por causa da avalanche da globalização, com os manda-chuvas do Norte impondo a estabilidade geral das moedas mundo afora para facilitar a expansão dos negócios. Mas FHC foi sensível o bastante para perceber os novos ventos e desenhar um plano. Se o presidente à época fosse Lula Mensallão, ainda estaríamos sob índices inflacionários sarneicos.
Durante os mandatos de FHC inúmeras crises financeiras pipocaram pelo planeta. Ocorreram com mais gravidade três vezes: nas crises da Argentina, da Turquia e da Rússia. Tio Marx costumava chamar essas oscilações de "crises cíclicas do capitalismo". O bicho vai que é uma maravilha, até que de repente, sem ninguém saber ao certo por que, atola. E não não há o que o tire do lugar.
Todos os algarismos que os lulopetistas deram para despejar tão obsessivamente em cima das nossas cabeças não valem nada se não forem relativizados. A estatística fora de contexto só serve ao gosto do freguês: se você come o Maradona e eu não, estatisticamente nós dois  traçamos El Pibe de Oro meio a meio.
Os sindicalistas mais notórios são todos nababos. Sindicato no Berção, quando dá certo, é uma mina de ouro inesgotável para os líderes sindicais.
No ABC paulista, ninho do peetê, torneiros mecânicos ─ como Lula Mensallão diz ter sido ─ filiados aos sindicatos são superoperários. Não é de hoje. Têm a vidinha feita. Vários são meus vizinhos. Carrões do ano de 70 pilas ou mais, casas de campo, de praia, nenhuma nuvem negra no horizonte. Um deles, aquele, torneiro, deu casa própria e carro às duas filhas, e viaja para a disneilândia todo ano (o que essa gente vai fazer no inferno da Flórida nem imagino).
Esse é o "explorado" que Lula Mensallão dizia e diz defender.
Nossos risonhos lindos campos são recordistas em sindicatos. Nos EUA os há em algumas poucas centenas. Aqui, várias dezenas de milhares. Todos ávidos por meter a mão na grana dos "operários".