Lembram-se do Pinóquio, bonequinho esculpido pelo velho carpinteiro Gepeto?
Pois é, o Pinóquio da ficção sonhava em se tornar um menino de verdade.
O boneco curtia cometer algumas traquinagens. E a cada uma que aprontava, seu nariz espichava. Até que uma fada o alertou que seu narizinho cresceria toda vez que ele mentisse.
Pulando algumas passagens do conto, no fim a fada resolveu atender a seu desejo e o converteu num menino.
Agora, vamos ao nosso pinóquio do mundo real.
Esse foi esculpido por uma combinação de forças econômicas, políticas e sociais (já de conhecimento de todos nós, por isso vou me abster de elaborá-las aqui) entre as décadas de 1970 e 2000.
Desde a juventude, quando se mudou do sertão pernambucano para o Sul-Maravilha, nosso Pinóquio acalentava um sonho: sentar-se no trono no Palácio do Planalto.
Sendo espertalhão, nosso Pinóquio logo vislumbrou que entrar para um sindicato de trabalhadores seria começo mais fácil e conveniente para trilhar o caminho até o trono.
E sendo talentoso no trato com as pessoas e ótimo de lábia, não demorou muito e o rapaz já era dirigente sindical.
Cedo descobriu que, quanto mais conversa passava nos outros, mais sua barba crescia (sem contar que ela, a barba, lhe emprestava uma providencial semelhança com um dos seus ídolos, el señor Fidel Castro).
E fez tamanho sucesso em tão pouco tempo, que em breve se tornava líder dos operários em nível nacional. Então, com a ajuda e o apoio de muitos políticos e intelectuais, fundou nada mais nada menos que um partido político, confabulando consigo mesmo, "Agora eu me junto aos sindicalistas mais canalhas, aos intelecas mais safados e aos cumpanheros mais inescrupulosos, dou um pé na bunda daqueles que me ajudaram em boa-fé e daqui uns aninhos meu intento tá no papo! hehehe..."
Dito e feito.
Bem, o resto da história vocês já conhecem.
Com sua imensa vocação e aptidão para a mentira, o logro, a dissimulação, a empulhação e outras qualidades mais, nosso Pinóquio um dia sentou-se no trono do Palácio do Planalto. E sendo despropositadamente soberbo e doentiamente ganancioso, de lá pensou que não devia mais sair.
Só que, qual Xapolim Colorado, não contava com a força e a perseverança dos brasileiros que têm amor pelo Brasil...











