Dilma Rousseff neste momento está de braços dados com François Hollande, na Cidade-Luz, tratando de "problemas", esses problemas que os que presidem países se candidatam e vencem eleições para resolver.
Antes de prosseguir, peço que deem mãos à palmatoria e reconheçam quão desprendida tem sido a sra. presidenta até aqui. Ela bem que podia estar lá no Sul tocando sua lojinha de 1,99. Mas não! Optou por tomar a frente ou, como dizem aqueles sujeitos nas mesas redondas nas noites de domingo na tevê, "chamar a responsabilidade a si". Pombas, de todos nós, 200 milhões de brasileiros, foi ela a arrancar na frente, bradando "Deixa comigo!"
Pois é, deixamos. Agora lá está ela dando uma bica na redonda sob o olhar atônito do pândego presidente francês.
Aonde a bola vai parar, nem Deus provavelmente sabe.
O que todos sabemos é que, segundo as reportagens nos jornais e nas revistas, nossa valenta presidenta mirou a chanceler alemã Angela Merkel. Mas não para lançar a atacante teutônica que vem em disparada pelo centro rumo à meta adversária.
Nada disso. O que a nossa confusa perna-de-pau está tentando fazer — tampando os ouvidos para a torcida canarinho, cada vez mais enfurecida a clamar por um mínimo de tática, esquema e fair play — é tascar um coice na canela do francês sob a nada honesta segunda intenção de desequilibrar o gaulês de modo que ele desabe na meia-cancha e, pela improvável graça da probabilística dilmesa, provoque um golaço contra da atacante alemã.
Cá pra nós — façanha que nem uma hipotética trindade formada por Pelé, Messi e Neymar lograria emplacar.
Bem, metáforas e piadinhas futebolísticas à parte, cá estamos nós diante dum novo triste espetáculo da nossa esforçada mandatária mor.
A jogada está patentemente óbvia. Mais uma vez nossa presidente toma um avião rumo à Europa com o único, o exclusivo propósito de mandar um recado ao seu público "interno" no Brasil. Como em tantas ocasiões fez Lula e seguindo o figurino desenhado por Zé Dirceu, que a essas alturas sabe muito bem que seus choramingos não enganam senão ao seu público cativo de órfãos de Stálin, de Fidel e de quantas outras múmias que ainda rondam o imaginário desses esquerdoidos.
A mim particularmente me deixa exaurido assistir à desenvoltura com que a presidente bate perna mundo afora apenas para agradar um clubinho fechado de ferrabrases e alienados políticos.
Me pergunto: nem dois anos de governo e tudo que resta a ela são factoides sem substância nem legitimidade limitados a aplacar a gula dos LULLOMALLUFEROS por ações contra os "poderosos"?
Pobre caipirinha dos paletozinhos vermelhos estilo Mao, sabe quando o Hollande vai peitar a Merkel?
É hílare imaginar a cena. É triste constatar pela enésima vez que nossos primeiros mandatários Lullão do Mensallão e Dilma dos paletozinhos vermelhinhos parecem governar apenas para suas facções políticas, deixando que o Brasil se estrepe.
