Quem está falando da nossa situação
pessoal neste momento na mídia?
Demétrio Magnoli, Reinaldo Azevedo, Lobão,
de quem reproduzi há pouco um texto de Veja neste blog.
Você pode pensar que esses representam a
minha própria ideologia e foi por isso mesmo que os citei. Tudo bem. Sou da índole
de que cada um deve e pode pensar o que quiser. É aí que difiro dos
paus-mandados lullomallufistas para quem somos todos obrigados a nos ajoelhar
ao Grande Irmão que num dia qualquer no futuro irá nos salvar, desde que
baixemos a cabeça e professemos a ideologia
certa.
O que essas bestas-feras nem imaginam é
que nós independentes queremos é viver a delícia de pensar o que pensamos, sem
o carimbo de certificação do partido nem o amém do padim proprietário da casa-grande
dos tempos modernos.
São tantos comentaristas nos órgãos da mídia
na internet, mas do que é que toda essa gente fala, afinal?
Fui no site da Folha, procurei ávido o
artigo dominical do meu idolatrado Ferreira Gullar e, Jesus, Gullar postou um
texto com título “Invenção da alegria”. Não, meu poeta inteleca Gullar, não
quero saber se inventaram ou deixaram de inventar a alegria, mas sim o que você
achou das fotos da Dilma numa praia da Bahia enquanto os prisioneiros do nosso
querido Maranhão desgovernado pela filha do Sarney vão se decapitando sob o beneplácito
do nosso ínclito ministro da “Justiça”.
A Folha tem uma cacetada de articulistas supimpas.
A maioria, cultos. Quase todos, inteligentes. Foram escolhidos a dedo por alguém
que, supõe-se, também seja inteligente, não é? Só que vão todos entrando nesse soporífero
desfile de irrelevâncias. Ei, caras, o governo federal transferiu a
responsabilidade pela saúde dos brasileiros a um país estrangeiro! Tão sabendo?
Dezenas de articulistas arretados e
nenhum deles tá sabendo porra nenhuma.
Sexo dos anjos, tudo bem, tem gosto pra
tudo, mas será que pelo menos um dia dava pra falar da nossa realidade?