Quais são as verdadeiras "empresas"
estatais brasileiras?
Quantas dessas empresas têm desenvolvido empreendimentos voltados para benefício do país?
O lullomallufismo tem empreendimentos dignos do nome?
Notem a ênfase que botei em empresa e empreendimento.
Empresas, as há em número praticamente de tudo que é natureza, para tudo que é fim.
Existem as privadas, as estatais e outras inclassificáveis. A Petrobrás, por exemplo,
é uma empresa. A Eletrobrás, idem. Bem como todos aqueles monstrengos mantidos pelo
governo e aparelhados pelos partidos da base aliada às custas de nós que, aqui fora,
sustentamos a comilança desvairada da casta que se assenhorou do poder.
Empresas são constituídas para empreender,
não é?
No mundo em que o capitalismo funciona
razoavelmente bem, pode ser. Por estas bandas...
A empresa Petrobrás de empreendedora
não tem quase nada. Esse paradoxo causa tanto mais perplexidade quanto menos deixa
perplexos os lullomallufistas e seus apoiadores.
A Petrobrás — e outras irmãs suas — é
instituição empresarial apenas na visão burocrática da coisa. Tem um ato de fundação:
estatutos e um contrato social, documentos registrados em cartório em que os burocratas,
solenes, declaram o que a empresa faz, seu ramo de atuação, seu modo de operação,
seus sócios e alguns detalhes operacionais. (No caso, uma sociedade anônima
de capital aberto, cujo acionista majoritário é o Governo do Brasil.)
A empresa tem tocado
empreendimentos?
Depende do ponto de
vista. Quem tiver paciência suficiente e visitar o site da Petrobrás verá que os burocratas responsáveis pela apresentação
do seu "perfil" asseveram, entre
outras fantasias, que a empresa "é
movida pelo desafio de prover a energia capaz de impulsionar o desenvolvimento e
garantir o futuro da sociedade com competência, ética, cordialidade e respeito à
diversidade".
Afirmam, ainda, que
o valor da marca Petrobras é de R$ 19,7 bilhões. Aqui cabe (mais) um estranhamento.
Tal valor se refere a abril de 2012, ou exatamente um ano atrás. Por que é que os
burocratas responsáveis pelo "perfil" da empresa ainda não atualizaram
esse valor? Será por que a "marca", hoje, valeria muito menos, talvez
sequer a metade, como asseguram a maioria dos analistas independentes nos grandes
jornais?
E vamos fazer de conta
que não lemos o período "impulsionar
o desenvolvimento e garantir o futuro da sociedade com competência, ética, cordialidade
e respeito à diversidade". Omessa, de quem esses sujeitos estão falando?
Se a Petrobrás, na atualidade, tem alguma virtude, certamente não está inclusa nessa
enumeração descaradamente publicitária.
Afinal, quais empreendimentos
tem tocado ultimamente para, ao menos, tentar cumprir sua missão?
O pré-sal, parece que
ninguém sabe exatamente quais são suas reservas, sua capacidade de exploração, sua
potencialidade. Não se sabe sequer se não passa de mais um golpe mercadológico do
sr. Lulla do MENSALLÃO e seu marketeiro-guru.
Que é o pré-sal, com perdão da rima, afinal?
Nos últimos dez anos
a Petrobrás vem sendo usada e abusada pelos lullomalluferos para tudo que é propósito
condenável, menos para aquele para o qual foi criada. Seus dirigentes não só desistiram
de garantir a autossuficência que o sr. Lulla do MENSALLÃO tantas vezes deblaterou
em seus discursos-factóides, mas também estão importando gasolina e, pasme-se! etanol,
de que o referido senhor falastrão um dia se gabou que chegaríamos ao posto mais
alto do pódio de maiores produtores mundiais.
Bem, onde entra a Petrobrás
na pergunta feita no início deste artigo?
Bidu. Não entra.
Hoje há no Brasil 260
milhões de telefones celulares instalados e funcionando. (Infelizmente, funcionando
a meia-boca, pois a Anatel, criada por FHC para intervir no mercado de comunicações
sempre que as empresas operadoras cometessem falhas, foi aparelhada e devidamente
anulada em sua missão pelo lullomallufismo.)
Quantos desses 260 milhões
nós brasileiros poderíamos desfrutar se as telecomunicações ainda estivessem totalmente
nas mãos do governo como queriam e querem os estatistas do PT?
Bidu.
Hoje o País importa combustíveis
e lubrificantes no valor de 3,177 bilhões de dólares ao mês, com média diária 159 milhões
de dólares. É muito provável que não estaríamos desperdiçando essa imensa montanha
de dinheiro que tanta falta faz na saúde, na segurança e na educação se a Petrobrás
tivesse sido privatizada à época em que havia força política para tal.
O prejuízo auferido pelo Brasil na conta
dos derivados de petróleo a cada ano é muito superior ao valor de mercado da Petrobrás.
Mas nos discursos demagógico-populistas do lullomallufismo o petróleo é nosso.
Nosso de quem?