Tragédia tropical

E a gestão Dilma... Gestão? Pois é.
E a “gestão” da pessoa que ocupa a Presidência da República vai passando... por mais uma dimensão.
Algumas dimensões dilmistas de fato passam. E desaparecem, cedendo espaço para as subsequentes. Outras, encalham, se sobrepondo à anterior ou às anteriores total ou parcialmente, se empilhando. Aqui de fora nós, brasileiros honestos, nós, brasileiros responsáveis, ficamos nos perguntando, agoniados: Deus Pai, aonde vamos parar desse jeito?
Seria ocioso – e penoso – descrever cada uma das dimensões rousseffianas. Nos lembramos direitinho do que sofremos.
Hoje é o dia 18 de março de 2015. Lá se vão quatro anos e pouco mais de dois meses. Há três dias conseguimos acordar do pesadelo. Finalmente. Como gostam de dizer os anglossaxões, at the loooong last.
Estamos recobrando nosso espírito de sobrevivência. Ou nos indignamos pra valer, talvez até um grau de revolta e mesmo motim, ou... ou... iremos todos parar num descomunal, imprevisível buraco. De que só sairemos à custa dum igualmente descomunal sofrimento. Quem sabe por quantas e quantas gerações vindouras.
Nesses mais de quatro anos de sonho ruim, Dilma Vana, qual um bicho-da-seda maligno que fizesse parte duma mitologia brasílica, vem excretando uma substância invisível e fedorenta produzida por seu senso deformado de moral e ética, uma soberba de assustar os cidadãos normais, o egoísmo abissal, nefasto, doentio de um governante que está se lixando para o destino de seus governados.
O bicho-da-seda fantástico estendeu sobre o País um manto meio diáfano de horrores que nos manteve paralisados e perplexos demais para ensaiar uma reação efetiva.
O ente mitológico brindou o Brasil com as mais disparatadas surpresas.
Pudemos conhecer na pele desde a mais pueril fanfarronice, passando por um cinismo repulsivo, raiando um descaramento de que só um espírito mutilado em seus valores políticos e alheio às suas responsabilidades sociais seria capaz. Essa mulher que parece sofrer duma frieza de sentimentos e emoções que particularmente me assusta, um dia, na juventude, pretendeu implantar um regime comunista por estas terras. Fico arrepiado tentando imaginar qual teria sido o resultado.
Assim como me arrepia ver pessoas que supunha inteligentes dando apoio incondicional à pequena déspota com complexo de Napoleão. Sou capaz de compreender – e aceitar – que os destituídos de escolaridade e, pour cause, dum mínimo de sofisticação intelectual se deixem iludir pela marquetagem bandida bombardeada dia e noite em todos os canais de transmissão pública possíveis pelo guru mercadológico da sra. Dilma – e quem de fato toma as decisões desta “gestão”. Mas, quando vejo em fóruns na rede gente com diploma universitário pendurado na parede da sala a defender encarniçadamente o partido que institucionalizou a ladroagem, me toma um desalento tão doloroso e denso que parece se solidificar em meu estômago. Que lulopetistas profissionais e cumpanheros pendurados em sinecuras estatais estejam entregues à sanha da bandalheira, já não é de estranhar. Mas os inocentes úteis de “coração esquerdista” seus apoiadores, que desprezaram e desprezam a oportunidade de desenvolver algum senso crítico, esses são tão culpados quanto os gatunos lulistas e dilmistas por retardar em décadas o retorno do Brasil à decência e à dignidade. Se o Patrono dos Ladrões efetivamente se reeleger em 2018, o País estará fadado a despencar para o inferno bolivariano, enterrado sob a pobreza insanável e o atraso invencível.
Entrementes, nos jornalecos “liberais” e “democráticos”, “analistas” prosseguem de barriga pro ar, atirando ao seu público de semiletrados rações diárias de “bom-senso” e comedimento. Enquanto Lulla e apaniguados desviam sabe-se lá quanto bilhões de reais no afã de resistir no poder até o século 22, bons moços da imprensa pregam prudência, moderação e... pusilanimidade. Eis que a situação começa e escapar ao controle republicano das instituições estabelecidas – como se podia prever já desde 2003 – e lá vem FHC, pela enésima vez, querendo aplicar seus panos mornos na fervura. A destituição dum presidente é “muito traumática”, ensina o professor. O País não aguentaria. Aguardemos.
Aguardemos, sim senhor. Aguardemos mais dez, vinte anos. Aguardemos enquanto a quadrilha de larápios oficiais some com mais algumas dezenas de bilhões de dólares. O estado brasileiro já está praticamente arruinado e o povão na certa não sentirá o “trauma” da falta de escolas e atendimento médico de qualidade razoável. Sonolenta sob o bombardeio midiático do Guru Mercadológico, a malta hipnotizada seguirá obedecendo caninamente aos mandos latidos pelo Grande Revoltado. A esquerda é um desastre na “gestão” econômica e política do País, mas sabe direitinho como manipular os sentimentos e as aspirações elementares dos indigentes, lhes dando pão e circo enquanto lhes rouba o acesso ao crescimento individual e ao futuro digno. Mestre Lulla lhes tem ensinado que não, o passaporte para a prosperidade não é o trabalho. O único caminho para o bem-estar social é o ódio entre classes.
Nos últimos tempos virou clichê dizer que Dilma Rousseff é autista política. Quero pedir licença para discordar. Não sou psiquiatra, não sei diagnosticar esse mal terrível de que padecem milhões mundo afora e nutro um certo pudor em cometer literatices em forma de símiles e comparações que envolvam sofrimento humano, mas tenho para mim que, mais do isso, Dilma padece de algum tipo de patologia que a impede de estabelecer com a realidade um contato que lhe confira capacidade mínima de discernimento. Já nos habituamos a debochar de suas gafes linguísticas e suas esquisitices semânticas e suas construções verbais esdrúxulas, mas está evidente que há algo de perigosamente errado na função mental da nossa presidenta. Em muitos instantâneos fotográficos em que sua excelência, fora do controle de seu guru, não está ensaiando poses publicitárias, podemos flagrar uma verdadeira aversão ao mundo exterior e às pessoas que o habitam. Algumas fotos deixam patente que a mulher simplesmente “desliga” sob a mais ínfima contrariedade. Não estou certo se se trata dum “fenômeno” psicológico, mas desconfio que seja, sim, um tipo de autismo e a razão por trás da imensa, da espetacular cara de pau da dona. Lulopetistas são isentos de autocrítica por natureza. Dilma Rousseff é a campeã nesse quesito.
E aí vamos nós sob os “cuidados” de alguém que não sabe cuidar sequer de si mesma.